MARCINHO FOI O DESTAQUE DA RODADA |
A quinta rodada do campeonato brasileiro teve uma abertura promissora, um sábado de três jogos e doze gols. A goleada que o Palmeiras aplicou sobre o Santos, além do bônus de prestígio por se tratar de um clássico, vem com a autoridade da liderança. O 4×1 do Fluminense sobre o Cruzeiro foi ainda mais impressionante. O clube carioca tem oscilado no campeonato, até o momento, são três derrotas e duas vitórias. Duas GIGANTES vitórias. Já duelo entre Atlético-MG e Flamengo, cumpriu a promessa de ser um jogo disputado, decidido no detalhe, na precisão de Chará.
Um sábado de muito futebol, de bom futebol. No domingo a média de 4 gols por partida não se manteve, mas o que faz o futebol brasileiro ser o que ele é, estava lá. ATHLÉTICO PARANAENSE X CORINTHIANS foi a prova disso. O Furacão estava bem melhor na partida, criava as melhores chances até VAGNER LOVE marcar o autêntico gol de centroavante, aquele que está na hora certa, no lugar certo e manda a bola da maneira certa, neste caso, caindo morta do lado oposto ao do goleiro que se deslocava para acompanhar a jogada. E não é só de imprevisibilidade que estamos falando. O Corinthians recuou como podia e como não devia, entrou a bola para os donos da casa para arriscar apenas nas mais remotas chances. As CRÍTICAS de torcedores e comentaristas vieram (e com razão), porém, aos 41 minutos do segundo tempo, Pedrinho emenda de cabeça o CHUTÃO que Fagner manda da intermediária e marca o segundo dos visitantes. E AGORA? QUEM EXPLICA?
O sobe-desce da tabela, o favoritismo de muitos times ao título, sim tudo isso prende a atenção do torcedor. Mas são o inesperado e o inexplicável que fazem a gente levar este esporte tão à sério. O futebol consegue ser mais injusto do que muitos esportes, e de algum modo isso nos envolve. O Athlético criou mais, chegou até a marcar dois gols, ambos com impedimentos assinalados pelos assistentes e confirmados pelo VAR. O futebol é inconstante, por isso também é justiça e revelação. O Fortaleza foi outro visitante feliz, venceu a Chapecoense de virada por 3×1. Dois dos três gols do Leão foram marcados por Marcinho, que foi destaque no acesso à série A, serviu Romarinho no gol da classificação à final da Copa do Nordeste, e que busca espaço na equipe titular. E como esquecer dos desafetos entre Ney Franco, técnico da Chapecoense, e Rogério Ceni, técnico do Fortaleza, quando eram, respectivamente, técnico e goleiro do São Paulo? O cumprimento no começo do jogo quebrou o “climão”. Mas a vitória não teria um sabor especial para o ex-goleiro? Futebol é continuidade.
Além de tudo isso, poderíamos ainda falar da difícil missão de Vanderlei Luxembrugo no comando do Vasco, do “descaso” de Renato Gaúcho com os resultados do Grêmio na competição, poderíamos supor o quanto a tabela mudará nas próximas duas, três rodadas… Poderíamos tentar cravar o campeão, os classificados para a Libertadores e os rebaixados. Mas é bom que estejamos preparados para nos surpreender a cada rodada. Na verdade, nunca estamos. Melhor ainda.